MÁRIO SOARES

Tive oportunidade de ver hoje, na RTP Memória, o debate "Olhe que não, doutor" entre Soares e Cunhal, nos idos anos 75.
Apreciei a sua insistência em defender a democracia participativa, sem excluir nenhum partido, contra o totalitarismo social-fascista de Cunhal.
Na altura, com 13 anos, não me tinha apercebido do grande papel de Soares em defesa da democracia.
Só que.... isso não dá o direito, hoje, a Soares, de se achar o pai da democracia, detentor da verdade e que se permite dizer todos os dislates que lhe apetece.
Isto vem a propósito da frase "Não fora a CE, havia condições para um golpe militar!". Toda a gente sabe que isso hoje seria impossível, com ou sem CE.
O problema de Soares é de despeito. Hoje, à semelhança de Cunhal em 75, não quer permitir que as pessoas tenham outra opinião ou acção política.
De facto, Soares não perdoa a derrota do filho contra Santana. Soares age por despeito e quer vingar João Soares.
É muito feio! Principalmente para quem tinha um crédito enorme, da esquerda até à direita.
Já o perdeu.
Aconselho-o a estar calado.

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