Os exames nacionais


No segundo dia de exames nacionais.
A prova a aferir é de Biologia. Mas que fosse de História, ou de Matemática, ou de Português. O ritual é sempre cinzento.
Chegar à escola, assinar a presença, receber as instruções de exame, dirigir à sala.
Olho os alunos naqueles instantes iniciais.
Reunem-se à porta da sala, inquietos, como animais à espera da hora final. Muitos sonhos serão desfeitos quando entrarem na sala.
Foram mal preparados ou prepararam-se mal, os nervos acumulam-se e a asneira flui das canetas para as folhas de exame.
Depois, e isso eles não sabem, vão ser classificados por professores mal preparados ou que se prepararam mal, que pouco se importam com o sucesso e o futuro dos outros.
E os professores bem preparados passam incógnitos no meio da avalanche. Sem nenhum prémio.

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